Diretoria, alunos e professores lutam pela permanência da Escola Estadual Pereira da Costa
Nesta quarta-feira (4), alunos, professores e moradores do
bairro Nossa Senhora das Graças, em Pará de Minas, realizaram uma manifestação
pacífica em frente à Escola Estadual Pereira Costa. Com faixas e cartazes, o
grupo protestou contra a decisão da Secretaria de Estado de Educação de Minas
Gerais (SEE-MG) de fechar a instituição em 2026, após 69 anos de história e
contribuição para a educação local.
A escola, que atualmente atende cerca de 200 alunos entre 9
e 14 anos, oferecendo aulas do 4º ao 9º ano, já vinha sofrendo com a retirada
progressiva de séries nos últimos anos. Em 2024, mais uma série foi extinta,
agravando o cenário e preocupando pais, alunos e funcionários. A SEE-MG
justifica a decisão com base na falta de demanda, mas a comunidade questiona a
medida, destacando a importância da escola como pilar educacional e social no
bairro.
Ângela Grassi, professora de história na instituição há
quase uma década, fez um apelo emocionado em coletiva de imprensa:
“A Escola Estadual Pereira Costa não é só um prédio, é uma
história que impacta a vida de centenas de famílias. Muitos de nossos alunos
não teriam a mesma oportunidade de crescimento sem o apoio que recebem aqui.
Pedimos que o governo reavalie essa decisão”.
O impacto da escola na formação pessoal e profissional de
ex-alunos também foi destacado. Ângela Maria Rodrigues Xavier Ribeiro,
ex-estudante da escola Pereira Costa e hoje professora, relembrou emocionada os
anos que passou na instituição:
“Foi aqui que construí a base para ser quem sou. Fechar essa
escola é apagar a oportunidade de muitas crianças seguirem o mesmo caminho”.
A manifestação desta quarta-feira busca sensibilizar o
governo para a relevância da instituição, tanto no desenvolvimento dos jovens
quanto na manutenção do vínculo comunitário. A população espera que o apelo
coletivo possa reverter a decisão e garantir que a Pereira Costa continue a ser
um espaço de aprendizado e transformação por muitos anos.
A luta pela manutenção da escola segue com o apoio de
moradores, lideranças locais e antigos alunos, que prometem não desistir de
manter viva a história da instituição.
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