Prisioneiro com tendências canibais que matou menina de 10 anos será executado no dia de seu aniversário em Oklahoma, nos EUA
Execução de Kevin Ray Underwood está marcada para esta quinta-feira (19). Kevin Ray Underwood em tribunal recebendo sentença de pena de morte em abril de 2008. Ele será executado em 19 de dezembro de 2024, no seu aniversário.
AP Photo/Sue Ogrocki, Pool, File
O estado de Oklahoma, nos EUA, executará um prisioneiro no dia de seu aniversário. A execução de Kevin Ray Underwood, que matou uma menina de 10 anos há quase duas décadas, será a 25ª e última execução prevista do país em 2024.
⚠️ Aviso: esta matéria contém descrições perturbadoras de um infanticídio.
Underwood está programado para ser executado por injeção letal nesta quinta-feira (19), dia em que ele completa 45 anos, na Penitenciária Estadual de Oklahoma, em McAlester. Underwood, um ex-funcionário de supermercado, foi condenado à morte pelo assassinato de Jamie Rose Bolin em 2006 como parte de uma fantasia canibal.
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Underwood admitiu ter atraído Jamie para seu apartamento, batido em sua cabeça com uma tábua de cortar antes de a sufocar e agredir sexualmente. Ele contou aos investigadores que quase decapitou a menina em sua banheira antes de desistir de seus planos de comê-la.
Oklahoma utiliza um processo de injeção letal com três drogas, começando com o sedativo midazolam, seguido por uma segunda droga que paralisa o prisioneiro para interromper sua respiração e uma terceira que detém o coração.
Durante uma audiência na semana passada, perante o Comitê de Perdão e Condicional do estado, Underwood pediu desculpas à família da menina.
“Eu gostaria de pedir desculpas à família da vítima, à minha própria família e a todos na sala hoje que tiveram que ouvir os detalhes horríveis do que eu fiz”, disse Underwood ao comitê por meio de um vídeo transmitido da Penitenciária Estadual de Oklahoma.
Os três membros do comitê presentes na reunião votaram contra a recomendação de clemência.
Os advogados de Underwood argumentaram que ele merecia ser poupado da morte devido a seu longo histórico de abusos e sérios problemas de saúde mental, que incluíam autismo, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno bipolar e de pânico, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de personalidade esquizoide e várias parafilias sexuais desviantes.
"Qualquer desvio da mente que tenha levado Underwood a sequestrar, bater, sufocar, abusar sexualmente e quase decapitar Jamie não pode ser atribuído à depressão, ansiedade ou (autismo). Underwood é perigoso porque é inteligente, organizado e movido por desejos sexuais desviantes enraizados no dano e abuso de outros", escreveram os promotores em sua oposição ao pedido de clemência de Underwood.
Em um pedido de última hora, solicitando a suspensão da execução junto à Suprema Corte dos EUA, os advogados de Underwood argumentaram que ele merece uma audiência completa diante do comitê de cinco membros, e que o painel violou a lei estadual e os direitos de Underwood ao remanejar sua audiência de última hora após a renúncia de dois membros do comitê.
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