A indisponibilidade de insulina em farmácias de Pará de
Minas, incluindo as vinculadas ao programa Farmácia Popular do Brasil, tem
gerado preocupação entre os pacientes diabéticos do município. O Ministério da
Saúde atribui o desabastecimento à falta de insumos necessários para a produção
do medicamento, problema que tem alcançado proporções em âmbito nacional.

Entre os mais afetados estão os portadores de diabetes tipo
1, que dependem integralmente da insulina para controlar os níveis de glicose
no sangue. No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as opções disponíveis são
a Humulin ou Novolin NPH e a Regular. Entretanto, segundo comerciantes da
cidade, a escassez desses medicamentos teve início em novembro de 2024 e segue
sem previsão de normalização.

De acordo com informações das farmácias situadas no centro
da cidade, apenas a Drogaria Araújo possuía insulina em estoque no final da
semana passada. Contudo, as sete unidades disponíveis eram de refil da insulina
NPH, que requer a aquisição de uma caneta aplicadora, não fornecida
gratuitamente pelo SUS. O custo desse dispositivo ultrapassa R$ 200,
dificultando o acesso para muitas famílias.

A Secretaria Municipal de Saúde reconheceu a situação e
destacou que segue as orientações de uma nota informativa emitida para casos de
desabastecimento. Segundo o documento, “em razão da indisponibilidade dos
frascos, autoriza-se temporariamente a distribuição das insulinas humanas NPH e
Regular na forma de canetas nos estabelecimentos municipais de farmácia básica,
respeitando os estoques existentes”.

O Ministério da Saúde orienta que os pacientes que
enfrentarem dificuldades para encontrar insulina, tanto na rede pública quanto
na privada, procurem a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima. Lá,
profissionais poderão fornecer informações adicionais e suporte sobre a
aquisição e utilização do medicamento, enquanto os órgãos competentes trabalham
para regularizar a distribuição.

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