Graças à parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, a Escola de Música Geraldo Martins de Pará de Minas está oferecendo sessões gratuitas de musicoterapia para pessoas com distúrbios do neurodesenvolvimento, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA). O serviço tem sido um diferencial no desenvolvimento das crianças atendidas, proporcionando avanços significativos em suas habilidades motoras e comunicativas.

Um dos casos de sucesso relatados é o de uma criança que, antes de iniciar as sessões de musicoterapia, não falava e nem andava. Após um período de acompanhamento na Escola de Música, apresentou uma notável evolução e hoje já consegue se comunicar e caminhar.

A Secretária Municipal de Cultura e Comunicação Institucional, Isabel Faria, destacou a importância dessa parceria para a oferta da musicoterapia:

“Um dos nossos desejos diante da Secretaria de Cultura, da Assistência e outras secretarias é que a gente faça uma gestão integrada, que a gente trabalhe juntos porque o nosso público é o mesmo. A partir de então, esta parceria em especial é uma parceria muito importante para a Secretaria de Cultura e para Assistência Social porque ela atende pessoas que têm a necessidade da musicoterapia”, afirmou Isabel.

A Secretária Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Cláudia Assunção Faria, ressaltou o impacto positivo do serviço e explicou seu funcionamento:

“Pois bem, a musicoterapia é uma forma de a gente ofertar um serviço à população de muita relevância. Nós temos muitos casos de sucesso e foi implantado aqui em Pará de Minas. Agora, com a Walkíria e a Isabel que chegaram pra gente com esse projeto, ele tem uma continuidade até dia 30 de março e a gente está promovendo, buscando outras parcerias para poder dar continuidade a esse belo trabalho que é de grande relevância à população”, explicou Cláudia.

Walkíria Salgueiro, Diretora da Escola de Música Geraldo Martins, explicou como acontece o serviço na escola:

“O atendimento na musicoterapia é de porta aberta. Sempre que a mãe ou o responsável tiver esse laudo de indicação, eles podem procurar a escola aqui na Praça Torquato de Almeida, número cem, agendamos a anamnese e, a partir daí, a gente indica o aluno para o melhor horário”, disse Walkíria.

A mãe de uma das crianças atendidas, Thaís Duque, relatou os avanços que sua filha, Íris, teve após iniciar as sessões de musicoterapia:

“Bom, o desenvolvimento da Íris foi amplo. A musicoterapia, no começo, quando a gente descobriu o autismo, atuou no principal ponto que a gente precisava do desenvolvimento dela no básico, ou seja, tomar banho, alimentação. A gente tinha uma musiquinha para cada coisa e assim conseguimos levar bem. Hoje em dia, ela trabalha no social, a Íris se socializa muito bem. No emocional, ela conseguiu aprender a trabalhar o emocional dela muito bem. Então, além das necessidades básicas que a gente precisava começar esse trabalho com ela, ela desenvolveu muito bem no geral. A musicoterapia foi benéfica para todos os âmbitos da vida dela nesse desenvolvimento”, contou Thaís.

Sérgio Lopes, musicoterapeuta, relata um caso em que o usuário chegou para ele sem andar e não falava e saiu falando e andando depois das sessões de musicoterapia:

“Se eu for relatar aqui todos os usuários, então assim, a gente vai demandar muito tempo pra eu falar a respeito de todos eles, mas eu posso pegar alguns casos, então, chegou um assistido pra mim aqui que ele não andava, ele tinha as terapias, terapia ocupacional, fono, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta, e assim, ele não andava e chegou pra mim com a demanda de não falar também, então assim, ele não é não falava e não andava, hoje ele anda e ele já fala algumas palavras soltas, então assim, não estabelece um diálogo, mas ele fala algumas palavras soltas, e um detalhe interessante, a primeira palavra, o primeiro nome que ele falou foi o meu nome, a mãe ficou super assustada, ela ficou surpresa quando ele falou isso. E assim, uma das primeiras surpresas também pra gente foi quando ele andou dentro desse corredor. Então ele saiu da portaria e foi até a minha sala andando, encostando na parede a primeira vez. Hoje ele já anda sem encostar, sem o apoio”, 

As inscrições para as sessões de musicoterapia podem ser feitas na própria Escola de Música Geraldo Martins, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Os interessados devem apresentar laudo de indicação e comprovação de registro no Cadastro Único do Governo Federal. A escola está localizada na Praça Torquato de Almeida, nº 100, no Centro de Pará de Minas.

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