Redução de psicólogos na Rede Municipal de Saúde preocupa Conselho de Saúde de Pará de Minas
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A recente decisão da Secretaria Municipal de Saúde de Pará de Minas de reduzir o número de psicólogos na rede municipal de atendimento à população tem gerado preocupação entre especialistas e representantes da área. A medida impacta diretamente o serviço de saúde mental, que vinha sendo fundamental para a redução dos casos de autoextermínio no município.
“Nós já tivemos com o Secretário de Saúde, ele então fez a exposição afirmando para nós da necessidade de haver redução dos profissionais em psicologia dentro da rede e com isso ele nos garantiu que haverá a manutenção do serviço mesmo com essa redução de profissionais. Acontece que temos sim uma certa preocupação, porque a gente estava tendo um alto índice de autoextermínio aqui na cidade, o que então foi necessário para que a coordenação do serviço de saúde mental pudesse realmente procurar fazer com que ofertassem mais profissionais, justamente com esse intuito, para que então a gente também conseguisse reduzir os números de pessoas que estão em surtos, para que então evite partir para os suicídios. E o que a gente então conseguiu fazer com que fosse implantado esses profissionais que ficaram à disposição da nossa população, justamente para atender essas pessoas que estão nesses momentos de crise. No nosso entendimento, se houve a redução dos profissionais, a gente percebe que pode haver uma descoberta dessas pessoas que necessitam desse serviço e, dessa forma, a nossa grande preocupação é que possa haver um aumento de pessoas que estarão indo para o autoextermínio”, ressaltou Maurício.
Por outro lado, o vice-prefeito Luiz Lima justificou a decisão da prefeitura, afirmando que quatro psicólogos foram dispensados devido à baixa demanda e também em função de dificuldades financeiras enfrentadas pelo município, resultado de uma dívida milionária deixada pela gestão anterior com o consórcio de saúde ICISMEP.
Apesar dessa justificativa, os especialistas na área da saúde mental alertam para a importância de manter um atendimento psicológico acessível à população, especialmente considerando o aumento expressivo de casos de transtornos como depressão e ansiedade nos últimos anos. A preocupação principal é que a diminuição no atendimento possa comprometer o acompanhamento de pacientes em situação de vulnerabilidade emocional, levando a consequências graves para a saúde pública.
A comunidade e representantes da área aguardam novos posicionamentos da Secretaria de Saúde e esperam que soluções sejam encontradas para garantir o suporte adequado aos cidadãos que dependem desse serviço essencial.
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