Pombos na Praça Torquato de Almeida: beleza urbana que esconde um perigo para a saúde
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Os pombos, presença constante na Praça Torquato de Almeida, no centro de Pará de Minas, encantam visitantes e moradores, mas trazem consigo um alerta: esses animais podem transmitir doenças graves, conhecidas como zoonoses, como a criptococose e a salmonelose. O problema não está exatamente nos pombos, mas sim em suas fezes, que, ao secarem, tornam-se poeira e podem ser inaladas por quem frequenta a praça.
Na praça, é comum ver moradores alimentando os pombos, o que contribui para a alta concentração desses animais no local. Apesar da prática parecer inofensiva, a ausência de uma limpeza adequada das fezes tem gerado preocupação. O comerciante local, Silvio Rodrigues Alves, expõe o problema:
"Eu estou vendo ali ó, eles jogam milhos para os pombos lá em cima, aí junta mais de animais no local e mães correndo com os meninos atrás dos pombos, no meio daquele monte de pombos. Quando ele voa aquele pó sai, a criança respira aquilo e pode se contaminar. A pessoa gasta o que não tem e mesmo assim o menino morre porque essa doença mata mesmo, ela não perdoa não. Tem filho de rico aí que está inútil na cama sofrendo com essa doença porque ela é perigosa."
Silvio alerta que a exposição ao pó das fezes pode trazer graves complicações para a saúde, especialmente em crianças, que costumam brincar despreocupadas no local.
O Risco das Fezes de Pombos
As zoonoses causadas por pombos são transmitidas principalmente pelo contato com as fezes desses animais. Quando essas fezes secam, seus resíduos podem se misturar ao ar e ser inalados, permitindo que agentes infecciosos atinjam os pulmões. Doenças como a criptococose, uma infecção fúngica, podem causar sérios problemas respiratórios e, em casos extremos, até levar à morte.
Medidas Necessárias
Especialistas em saúde pública recomendam que as cidades realizem a limpeza periódica das áreas com grande concentração de pombos e que a população evite o contato direto com as fezes. Além disso, é essencial conscientizar os frequentadores da praça sobre os riscos de alimentar os animais e permitir que crianças brinquem próximo a locais com fezes secas.
"É importante que alguém da Saúde Pública tome providência e oriente essas mães para evitar o contato dos filhos com os pombos, principalmente nos locais onde é visível grande quantidade de fezes secas dos animais e o pó solto podendo se espalhar com a revoada dos pombos ou até pelo vento", conclui Silvio.
A situação na Praça Torquato de Almeida reflete a necessidade urgente de ações coordenadas entre poder público e população para garantir que o espaço continue sendo um local de convivência segura para todos, sem abrir mão da saúde e bem-estar da comunidade.
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