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Pará de Minas,20/02/2025

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Descentralização do Projeto Transformação LGBTQI+ gera polêmica e preocupação em Pará de Minas


Descentralização do Projeto Transformação LGBTQI+ gera polêmica e preocupação em Pará de Minas

A decisão da Secretaria de Saúde de Pará de Minas de descentralizar os atendimentos do Centro de Atenção à Saúde LGBTQI+, vinculado ao Projeto Transformação, tem gerado discussão e preocupação entre representantes da comunidade e defensores da manutenção do serviço especializado. Atualmente, o centro funciona no 3º andar da UBS Nossa Senhora da Piedade, antiga Policlínica, localizada na Praça Galba Veloso, mas a gestão municipal anunciou que os atendimentos serão redistribuídos para todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do município.

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A medida foi determinada pelo novo secretário de Saúde, Gilberto Denoziro, que argumenta que a descentralização visa otimizar os recursos públicos e ampliar o acesso ao atendimento especializado, reduzindo despesas com a manutenção de uma sede exclusiva. No entanto, o tema tem sido alvo de críticas e motivou uma reunião no gabinete do prefeito Inácio Franco. O encontro contou com a presença de representantes do governo municipal, do legislativo e de defensores da continuidade do centro especializado.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Maurício Rodrigues Nogueira, comentou a questão e reforçou que a demanda foi discutida na plenária do conselho. Segundo ele, a descentralização poderia ampliar o acesso ao atendimento para um maior número de pessoas, evitando a limitação do serviço a apenas um equipamento de saúde.

“Realmente trouxemos essa demanda para a plenária do Conselho Municipal de Saúde sobre a desativação do serviço na Policlínica voltado para esse grupo específico, que é o LGBTQI+, para que, dentro de uma proposta da Secretaria de Saúde, esse serviço seja implantado em todas as 27 UBSs aqui de Paraná de Minas. Dessa forma, não se restringe o atendimento a apenas um local, mas sim se amplia para todos os equipamentos de saúde, o que, no entendimento da Secretaria, pode resultar em mais pessoas atendidas dentro desse projeto”, afirmou Maurício.

No entanto, um dos principais pontos de preocupação levantados pelos opositores da descentralização é a necessidade de capacitação dos profissionais que passarão a atender o público LGBTQI+ nas UBSs. Questionado sobre essa questão, Maurício Rodrigues enfatizou a importância de garantir um atendimento humanizado e sigiloso para esse grupo.

“Sabemos que ainda há muita segregacão em relação a esse grupo de pessoas. Algumas doenças são mais frequentes dentro desse segmento e exigem um atendimento diferenciado, garantindo sigilo e acolhimento adequado. Por isso, a capacitação dos profissionais das UBSs é fundamental para que possamos assegurar esse tipo de atendimento humanizado”, completou.

A previsão é que a descentralização ocorra nos próximos dias. A administração municipal garantiu que a reestruturação não comprometerá o atendimento da população LGBTQI+ e que a capacitação dos profissionais será priorizada para garantir um serviço de qualidade. Ainda assim, o debate continua, e a comunidade segue atenta aos desdobramentos da medida.



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