Senadora critica Trump por políticas econômicas e ameaça à democracia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A senadora Elissa Slotkin, de Michigan, escolhida pelos democratas para o discurso de resposta ao presidente Donald Trump no Congresso americano, afirmou nesta terça-feira (4) que as políticas econômicas do adversário aumentarão os custos para os consumidores.
Ela também retratou Trump como uma ameaça à democracia. "Não se engane nem por um momento achando que a democracia não é preciosa e digna de ser salva", disse Slotkin.
Ela citou o ex-presidente Ronald Reagan, republicano, para criticar o atual governante.
"Como uma criança da Guerra Fria, sou grata por ter sido Reagan e não Trump no cargo nos anos 1980. Trump teria nos feito perder a Guerra Fria", disse Slotkin, uma ex-analista da CIA que venceu a eleição em Michigan em novembro, "As ações de Donald Trump sugerem que, em seu coração, ele não acredita que somos uma nação excepcional."
A legisladora criticou Trump por sua posição sobre a Ucrânia. Disse que o ex-presidente Ronald Reagan deve estar "se revirando no túmulo" devido ao confronto com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensk.
Ao longo do discurso de Trump, os democratas ergueram placas que diziam "falso", "Musk rouba", e "salve o Medicaid", o programa de seguro saúde do governo que é alvo dos republicanos há anos.
As parlamentares democratas vestiram-se com roupas rosas ou roxas chamativas como forma de protesto a Trump, e muitos membros do partido permaneceram sentados quando o presidente chegou.
"Mais uma vez, olho para os democratas na minha frente e vejo que não há nada que eu possa fazer que vá fazer com que eles sorriam ou aplaudam", disse Trump logo depois. "É a quinta vez que estou aqui, e é sempre a mesma coisa. Posso curar a pior doença que existe, e essas pessoas aqui não vão bater palmas, não vão se levantar e me apoiar. É muito triste, e não deveria ser assim."
Leia Também: China, Canadá e México reagem a Trump e agravam guerra tarifária
Leia Também: Trump: UE, China, Brasil, México e Canadá cobram tarifas injustas dos EUA
COMENTÁRIOS