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Pará de Minas,19/09/2024

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Número de mortos por explosões de 'walkie-talkies' do Hezbollah no Líbano sobe para 25; Israel prepara ofensiva no norte

g1.globo.com
Número de mortos por explosões de 'walkie-talkies' do Hezbollah no Líbano sobe para 25; Israel prepara ofensiva no norte


Detonação de walkie-talkies, dispositivos de voz que se comunicam entre si por ondas de rádio, deixaram ainda 450 feridos. Agência estatal relatou também explosão de sistemas de energia solar. Imagens mostram a aparente detonação de um 'walkie-talkie' durante um funeral no subúrbio de Beirute, no Líbano, em 18 de setembro de 2024.
Subiu para 25 o número de mortos na série de explosões de "walkie-talkies" portados por membros do Hezbollah na quarta-feira (18) no Líbano, disse nesta quinta-feira (19) o governo libanês.
O ataque, um dia depois da explosão simultânea de pagers do Hezbollah, se tornou o mais mortal para o grupo extremista desde o início da guerra entre Israel e o Hamas. Ambos os grupos, financiados pelo Irã, lutam contra Israel.
Em ambos os ataques, o número de mortos foi de 37. Ainda não havia informação sobre o número de civis entre as vítimas até a última atualização desta reportagem.
Também nesta quinta, o governo do Líbano proibiu a entrada de pagers e "walkie-talkies" em voos do país.
Já o governo de Israel, que não se posicionou sobre os dois ataques, começou a direcionar mais tropas para o norte do país, na fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua.
Na quarta-feira, após as explosões, o Ministério da Defesa de Israel afirmou que o foco da guerra está mudando para o norte do país (que faz fronteira com o Líbano, onde o Hezbollah atua) e que vai concentrar tropas na região.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em pronunciamento que vai garantir que moradores do norte de Israel realocados por conta dos conflitos com o Hezbollah, voltariam para casa.
"Eu já disse isso antes, nós retornaremos os cidadãos do norte para suas casas em segurança e é exatamente isso que faremos", disse Netanyahu.
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Além das mortes, outras 600 pessoas ficaram feridas nas explosões de quarta-feira, segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Os "walkie-talkies" foram detonados quando membros do Hezbollah que portavam os aparelhos estavam em locais públicos e com muita concentração de pessoas.
Em um dos casos, um dispositivo explodiu durante o funeral de uma das vítimas das explosões aos pagers no dia anterior.
Criados na Segunda Guerra Mundial, os "walkie-talkies" são dispositivos de troca de mensagens de voz entre si via ondas de rádio.
Os dois casos, que ocorreram em um intervalo de 24 horas, aumentou as tensões na região e repercutiu na Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral da ONU, Antonio Gueterres, condenou o uso de "objetos civis" como arma de guerra, e o governo libanês pediu uma reunião no Conselho de Segurança, que será realizada na sexta-feira (20).
Líbano, Irã e Hezbollah acusaram Israel, que ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. Aliado do Hezbollah, o Irã disse em carta enviada à ONU que Israel violou a soberania do Líbano e prometeu resposta às explosões.
Pelo 2º dia seguido, aparelhos de comunicação do Hezbollah explodem no Líbano
Walkie-talkies destruídos após explosões no Líbano, em 18 de setembro de 2024.
Telegram/Reprodução
Facha de prédio em Beirute pega fogo após explosões de walkie-talkies, em 18 de setembro de 2024.
Telegram/Reprodução
Momento de explosão de dispositivo no Líbano
Reprodução
Fontes do governo libanês disseram à agência Reuters que os "walkie-talkies" detonados foram adquiridos há cinco meses, na mesma época em que o grupo comprou os pagers --que explodiram na terça, em um ataque coordenado que matou 12 pessoas e feriu quase 3.000.
Os pagers — dispositivos de recebimento de mensagem por texto usados nas décadas de 1980 e 1990, antes de os celulares existirem — eram usados pelo grupo extremista como forma de comunicação para evitar rastreamento por Israel, já que, ao contrário de celulares, os pagers não têm GPS.
O Hezbollah, grupo extremista fundado no Líbano, tem atacado o norte de Israel desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023. Assim como o Hamas, o Hezbollah é financiado pelo Irã. Nas últimas semanas, as tensões entre o grupo extremista e Israel aumentaram, após um ataque do grupo a cidades israelenses no norte.
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Explosão de pagers
Pagers usados pelo Hezbollah explodiram, em 17 de setembro de 2024
Reuters
As explosões dos pagers na terça-feira (17) ocorreram em um intervalo de cerca de uma hora em locais como lojas, praças e supermercados. Doze pessoas, entre elas uma menina de 4 anos, morreram, e cerca de 3.000 ficaram feridas.
O governo do Líbano e o Hezbollah acusaram Israel de ter implantado explosivos dentro dos pagers, antes mesmo de que os aparelhos fossem comprados pelo grupo extremista.
Israel não se pronunciou, e os EUA negaram terem tido qualquer participação no ataque. Mas a imprensa norte-americana afirmou, com base em fontes de diferentes governos, que o Mossad, o serviço de inteligência de Israel, foi quem planejou e executou o ataque.
Segundo o jornal "The New York Times", a suspeita é que Israel implantou explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah. Os explosivos foram implantados em um chip, eram indetectáveis e tinham um algoritmo específico para serem ativados, segundo disse nesta quarta a TV libanesa Al Mayadeen.
A publicação afirmou, em reportagem na terça, que uma carga explosiva com menos de 50 gramas foi colocada próxima à bateria, junto a uma espécie de interruptor. Isso possibilitaria que os pagers fossem detonados remotamente.
Os equipamentos haviam sido importados ao Líbano da Gold Apollo, fabricante de pagers com sede em Taiwan. A Gold Apollo, no entanto, informou que os aparelhos foram fabricados por uma empresa sediada em Budapeste. Os pagers foram produzidos pela BAC Consulting KFT, sediada na capital da Hungria.
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Homem mostra como ficou pager após explosão
Telegram/Reprodução




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