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Pará de Minas,18/10/2024

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'Estamos fazendo uma defesa vigorosa da democracia', diz Barroso ao 'New York Times'

g1.globo.com
'Estamos fazendo uma defesa vigorosa da democracia', diz Barroso ao 'New York Times'


Presidente do STF defendeu a atuação da Corte contra o que chamou de 'movimento global, radical e de extrema-direita' que talvez tenha tentado um golpe de Estado no Brasil. Ministro Luís Roberto Barroso criticou funcionamento das plataformas digitais durante evento em Salvador
Ailma Teixeira/g1
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou que a Corte está "fazendo uma defesa vigorosa da democracia" ao atuar contra um movimento "global, radical e de extrema direita" que ataca instituições, promove desinformação e pode ter tentado um "golpe" de Estado no Brasil.
O ministro deu as declarações durante entrevista ao jornal norte-americano "The New York Times", que foi publicada nesta quarta-feira (16).
"Estamos fazendo uma defesa vigorosa da democracia. E nós desempenhamos esse papel de enfrentar um movimento que considero global, radical e de extrema-direita, de ataque às instituições, que circula desinformação e — ainda está sendo investigado — talvez tenha até tentado um golpe", afirmou o magistrado.
Ele também destacou que recentemente a democracia brasileira "resistiu a tempestades" que, em outros países, levaram ao colapso do estado democrático de direito. "Aqui, o Supremo Tribunal não permitiu que isso acontecesse", pontuou o ministro.
Questionado sobre se o Supremo está sacrificando normas democráticas em nome da defesa da democracia que diz fazer, Barroso não respondeu à pergunta diretamente. Afirmou que é necessário levar em consideração o cenário e o tipo de forças que a Corte teve de enfrentar nos últimos anos.
Ao falar sobre o contexto em que o STF atua, o magistrado mencionou "desfile de tanques" na Esplanada dos Ministérios, "voos rasantes" de caças sobre o prédio da Corte e discursos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no 7 de Setembro contra ministros e decisões judiciais.
Também citou os acampamentos golpistas e as invasões às sedes dos Três Poderes após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Lembrando que o ex-presidente [Bolsonaro] recebeu 49% dos votos, e ele tinha o Supremo Tribunal como seu principal alvo. Portanto, não é surpresa que haja uma visão negativa, se não ressentida, de parte da população", disse.
Na entrevista, Barroso afirmou ainda que as investigações sobre atos golpistas e suposta tentativa de golpe de Estado estão para terminar, uma vez que "quase tudo o que precisava ser apurado já foi". "Cabe ao procurador-geral [Paulo Gonet] apresentar a denúncia", disse.
As críticas de Malafaia a Bolsonaro
Sobre decisões judiciais de exclusão de conteúdos e suspensão de perfis em redes sociais, Barroso refutou a ideia de que sejam "censura" e afirmou que uma democracia jovem como a brasileira "precisa se proteger" contra o extremismo, a intolerância, a agressão verbal, o discurso de ódio e a violência física.
Ainda nesse contexto, o magistrado defendeu a atuação do Supremo no caso X, que "nada tem a ver com liberdade de expressão".
"A legislação brasileira prevê que empresas estrangeiras que operam no Brasil devem ter representantes no Brasil. O que o X fez? Retirou seus representantes. Portanto, cometeu um ato ilegal e, assim, não pôde operar no Brasil", concluiu Barroso.




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