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Pará de Minas,14/11/2024

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Juiz adia decisão sobre o que fazer com condenação de Trump por comprar silêncio de atriz pornô

g1.globo.com
Juiz adia decisão sobre o que fazer com condenação de Trump por comprar silêncio de atriz pornô
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Juan Merchan, juiz de um tribunal de Manhattan, pediu até dia 19 de novembro para decidir se anula condenação criminal de Trump, eleito novo presidente dos EUA. Ele foi condenado em maio por fraudar pagamento para abafar relação sexual com a atriz Stormy Daniels, em 2016. Trump em julgamento em Nova York
Seth Wenig/Reuters
Um juiz de Nova York adiou a decisão sobre o que vai fazer com condenação criminal de Trump por ter comprado o silêncio de uma atriz pornô por US$ 130 mil —cerca de R$ 650 mil--, segundo a agência Associated Press. Era esperado que ele emitisse decisão nesta terça, mas Juan Merchan pediu mais uma semana, até o dia 19, para decidir.
Uma possível anulação da condenação de Trump no caso é considerada após o republicano ter sido eleito novo presidente dos EUA e por conta de uma decisão da Suprema Corte que garante imunidade presidencial em casos criminais.
Trump foi condenado em maio por fraude contábil ao ocultar um pagamento para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels durante as eleições de 2016, quando derrotou Hillary Clinton. Segundo a acusação, o suborno foi usado para ocultar a relação sexual com Daniels e, assim, interferir no processo eleitoral.
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A decisão do júri, anunciada num tribunal de Nova York, foi unânime. Trump foi declarado culpado em todas as 34 acusações pelos 12 integrantes do colegiado.
O juiz de Nova York Juan M. Merchan, que presidiu o julgamento de Trump, agora deverá decidir se anula o veredito do júri e ordena um novo julgamento — ou até mesmo se descarta as acusações completamente.
A decisão do juiz também pode afetar a sentença de Trump, marcada para sair em 26 de novembro. O republicano reconquistou a Casa Branca na semana passada. Ele nega as acusações e afirma que não teve o relacionamento.
Pouco mais de um mês após o veredito, a Suprema Corte decidiu que ex-presidentes não podem ser processados por ações realizadas no curso de sua administração, e que os promotores não podem usar essas ações como base para um caso centrado em conduta puramente pessoal.
Os advogados de Trump citaram essa decisão para argumentar que o júri no caso do pagamento silencioso recebeu evidências que não deveria ter, como a declaração financeira presidencial de Trump e o depoimento de alguns assessores da Casa Branca.
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Os promotores discordaram e disseram que as evidências em questão foram apenas "uma parte" do caso. A condenação criminal de Trump foi a primeira de um ex-presidente dos Estados Unidos. Ele enfrenta a possibilidade de punições que variam de multa até quatro anos de prisão.
O caso gira em torno de como Trump contabilizou o reembolso feito ao seu advogado pessoal pelo pagamento a Daniels.
O advogado, Michael Cohen, adiantou o dinheiro, e depois recuperou o valor por meio de uma série de pagamentos que a empresa de Trump registrou como despesas legais. Trump, já na Casa Branca, assinou a maioria dos cheques pessoalmente.
Os promotores afirmaram que a designação foi feita para ocultar o verdadeiro propósito dos pagamentos e ajudar a encobrir um esforço maior para evitar que eleitores ouvissem alegações prejudiciais sobre Trump durante sua primeira campanha presidencial.
Trump disse que Cohen foi pago legalmente por seus serviços e que a história de Daniels foi abafada para evitar constranger sua família, não para influenciar o eleitorado.
Trump tem lutado há meses para reverter o veredito e agora poderia tentar usar seu status como presidente eleito, segundo a agência. Enquanto pressiona Merchan para anular a condenação, ele também tem tentado mover o caso para a justiça federal. Antes da eleição, um juiz federal negou a mudança, mas Trump apelou.
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