Seja bem-vindo
Pará de Minas,21/11/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

Brasil teme que Javier Milei aja como enviado especial de Donald Trump no G20

g1.globo.com
Brasil teme que Javier Milei aja como enviado especial de Donald Trump no G20
Publicidade

O Brasil lança nesta segunda-feira (18) oficialmente no G20 a principal bandeira de sua presidência à frente do grupo, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, mas com resistências à ideia de taxar mundialmente os super-ricos para financiar a iniciativa nesta reta final. Diplomatas brasileiros temem que o presidente da Argentina, Javier Milei, aja como enviado especial do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e dificulte o fechamento do texto final da cúpula.
O Brasil propõe taxar os super-ricos em 2% em escala global para financiar um grande programa de combate à fome e à pobreza. O tributo internacional poderia gerar por ano US$ 250 bilhões, segundo estudo do economista francês Gabriel Zucman encomendado pelo Brasil. Relatório da ONU divulgado em julho deste ano mostra que, em todo o planeta, 733,4 milhões passaram fome em 2023 por pelo menos um dia. O número corresponde a 1 em cada 11 habitantes no mundo.
Milei esteve com Donald Trump na última sexta-feira (15). No mesmo dia, uma orientação passada à diplomacia da Argentina no G20 indicava que Milei não deve aceitar uma proposta concreta de criação de um tributo internacional sobre super-ricos, o que também é rejeito pelo presidente eleito dos Estados Unidos, que pretende ir na direção oposta, cortar impostos de ricos.
A proposta de criar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza está ganhando adeptos, como países da União Europeia e Reino Unido. O presidente de saída dos Estados Unidos, Joe Biden, também manifestou apoio à proposta. Só que, diante das resistências de última hora, o texto final deve trazer uma proposta genérica de análise da criação de uma taxa sobre ricos no mundo.
O documento final da reunião do G20 no Brasil, encerrando a presidência brasileira à frente do grupo, também esbarra em divergências em outros dois temas defendidos pelo governo Lula. No tópico crise climática e transição energética, países desenvolvidos cobram dos países emergentes participação no financiamento de programas de proteção ambiental em países pobres, enquanto o Brasil cobra dos países ricos o fundo de US$ 100 bilhões proposto no âmbito do Acordo de Paris.
No caso da reestruturação dos organismos multilaterais, como a ONU, a ideia não prospera desde sempre, apesar de ser defendida também por outros países. E vai enfrentar a resistência também de Donald Trump a partir do ano que vem. O presidente eleito faz uma campanha contra os organismos multilaterais.
- Esta reportagem está em atualização

Publicidade



COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.